[Especial Centenário de Luiz Gonzaga] #13 Memória e tradição no Parque Aza Branca




Apesar de ter deixado o sertão pernambucanao ainda adolescente e ter passado por diferentes cidades brasileiras como soldado do exército brasileiro e tendo depois se fixado na cidade do Rio de Janeiro, onde se firmou como sanfoneiro e onde criou sua identidade visual como sertanejo e nordestino, Luiz Gonzaga nunca deixou para trás suas raízes fincadas no pé da serra do Araripe e sempre se empenhou em valorizar e preservar a cultura nordestina.
Com este intuito de valorizar e preservar sua cultura em 1964 o mestre Lua comprou as terras que abrigariam o Parque Aza Branca, sua ideia era fazer dali sua moradia em Exu (Pe) e também um museu para abrigar o seu acervo, duas pousadas e também uma casa de shows.
"A minha intenção é de ajudar a imprensa e os pesquisadores que, quando precisarem escrever algo sobre Luiz Gonzaga, sobre Humberto Teixeira, Zé Dantas, meus outros excelentes companheiros (...) Então vocês vão ter condições de pesquisar capas de LP's, LP's, reportagens... Eu quero oferecer isso pra você que tá me procurando aqui hoje e que é jovem, daqui há algum tempo você vai a Exu e lá você encontra tudo, todo o acervo do Rei do Baião, fácil, palpável e escreve o que você quiser. Não sobre mim, mas sobre o Nordeste, sobre as músicas que eu criei." Explica Luiz Gonzaga.


Com a morte do Rei do Baião, seu filho Gonzaguinha assumiu a administração do parque e tinha muitos planos para o local, queria transformá-lo em uma cidade turística em torno do Rei do Baião. Infelizmente Gonzaguinha faleceu antes de poder realizar seus projetos no parque. O Comando do parque ficou a cargo de D. Helena e com a sua morte o parque saiu do domínio da família.

O Parque Aza Branca tem quinze mil metros quadrados e conta com o Museu Luiz Gonzaga, duas pousadas, palco para apresentações musicais, a casa que pertenceu a Sr, Januário, pai de Luiz Gonzaga e o mausoléu onde estão enterrados além do Rei do Baião, D. Santana, Sr. Januário e Severino Januário, um dos irmãos de Luiz Gonzaga. Em dezembro de 2001, o projeto Viva Gonzagão encaminhou uma proposta de tombamento do Parque Aza Branca como patrimônio Artístico Nacional ao IPHAN (instituto do patrimônio histórico e artístico nacional) e é aberto a visitação pública diariamente das 8:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:00.

Local:
Rodovia Aza Branca Km 38 - Exu, Pernambuco
CEP 56230-000
Tel (87) 3879 2023 / (87) 3879 1124
parqueazabranca@yahoo.com.br
Doações:
Banco do Brasil
Ag: 1059 - 6
C/C 8035-7