Desde que começou a
cantar o Nordeste com sua sanfona em punho, Luiz Gonzaga foi colecionando
admiradores. Além de trazer à tona e mostrar ao Brasil e ao mundo a realidade do
Nordeste brasileiro sem deixar de demosntrar seu amor e orgulho pela terra, o
mestre conquistou até quem nunca esteve nesta região do país e grandes
estudiosos da música.
Para o musicólogo baiano
Ricardo Cravo Albim, um dos maiores pesquisadores da música
popular brasileira e fundador do Museu da Imagem e som, "Gonzaga não é só gênio do nordeste, é
gênio da MPB. Ele foi a personificação de um país ainda alegre e tragicamente
exuberantedurante trinta anos pelo menos. Ninguém o fez com mais força e mais
visceralidade antes dele (só abro exceção para Carmem Miranda), nem depois dele.
Gonzaga se fez também o melhor intérprete do São João no Brasil. Portanto, esse
modismo do forró de hoje tem suas melhores raízes plantadas em Luiz Gonzaga
mesmo antes dos anos 50. Gonzaga foi, com toda certeza, o sólido
jacarandá, cujos galhos são todos os outros. Trocando em miúdos: o pai
do forró e pai dos filhos do forró, mas sem qualquer responsabilidade é claro,
com as ervas daninhas que os passarinhos fazem crescer na copa da árvore. Essa
escória que sempre infesta o mercado nada tem a ver com a nobreza da árvore e de
seus galhos."
Gilberto
Gil
sempre cita Luiz Gonzaga como seu grande mestre "Ele foi responsável pela reunião de
todos esses aspectos interioranos de expressão mundial, poética, de falas e modos de ser. Tornou-se o grande primeiro artista
popular do país. Nessa
dimensão de andarilho, de
artista itinerante visitando todos os recantos do país, ele
foi pioneiro, associando isso à dimensão de ícone presente nos
jornais, nas revistas, no rádio até antes da
televisão. Somos produtos desse homem
mestiço brasileiro com forte presença africana, forte presença indígena, uma
coisa cultural portuguesa muito
forte. O Nordeste é muito assim, o Gonzaga era muito
isso. Eu sou herdeiro. Aprecio a obra dele, não é falsa a semelhança
entre mim e ele."
Dominguinhos,
considerado o herdeiro do Rei do Baião, declara: "Luiz Gonzaga! Esse foi um grande
artista, Tanto Campina Grande, Caruaru como as demais cidades devem render
muitas homenagens a ele."
Estas são opiniões de
nordestinos que ou conviveram com o Rei do Baião ou tiveram nele inspiração por
conhecerem bem a realidade, mas os admiradores de Luiz Gonzaga estão em todas as
regiões do país e independem de ritmos musicais. Um exemplo disso é o sambista
Jorge Callado um dos autores do samba campeão do desfile de 2012 da Escola de
Samba Unidos da Tijuca que homenageou o mestre Lua na Sapucaí.
A Unidos da Tijuca sagrou-se campeã do carnaval com enredo sobre a
obra de Luiz Gonzaga. Ano passado a campeã do carnaval carioca foi a
Beija-Flor de Nilópolis com enredo sobre Roberto Carlos, também considerado Rei
da MPB.
"Quem é Roberto Carlos perto de Luiz
Gonzaga? Roberto Carlos canta músicas de motel, enquanto Luiz Gonzaga é o rei de
um povo que ajudou a construir o Brasil" afirmou o sambista.
Os números do Rei
do Baião:
49 anos de carreira
625
músicas gravadas (quase todas sucesso nacional e internacional até
hoje)
266
discos lançados
61 parceiros ao longo da carreira
mais de 20 livros publicados sobre a vida e a carreira do mestre
E você, conhece a obra deixada por Luiz Gonzaga? Sabe a importância de sua obra para o povo nordestino? Concorda com Callado? Deixe sua opinião.
61 parceiros ao longo da carreira
mais de 20 livros publicados sobre a vida e a carreira do mestre
E você, conhece a obra deixada por Luiz Gonzaga? Sabe a importância de sua obra para o povo nordestino? Concorda com Callado? Deixe sua opinião.
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